Thursday, December 22, 2016

Bolo 3 delícias do Algarve....2ª tentativa - a receita


Olá! Apresento-vos a segunda tentativa do bolo 3 delícias. Vou ser honesta e confesso que ainda há ajustes a fazer. Parece que eu tenho medo da alfarroba e acabo por cortar nas quantidades, talvez por ter provado alguns bolos que tinham o ingrediente em excesso ao ponto da textura se tornar áspera. Portanto, o base do bolo devia ter ficado mais escurinha, com um sabor mais marcado. Vão-me desculpar por ainda não apresentar a versão definitiva. Mas esta dá para safar e até foi gabada. Devo avisar que fiz uma quantidade pequena, o bolo é baixinho. Como estou numa fase de experiências, prefiro fazer quantidades menores. Usei uma forma com 23 cm de diâmetro.

Geleia de figo

Ingredientes
250 gr. de figo
100 gr. de açúcar
Casca de limão

Preparação
Eu fiz a geleia um pouco a olhómetro mas dou-vos quantidades para vocês se orientarem melhor. Comecei por colocar os figos de molho em água durante 2 horas aproximadamente. Não é obrigatório, podem cozê-los secos, eu é que gosto de os amolecer antes. Num tacho, pus os figos juntamente com a água onde os demolhei, o açúcar e a casca de limão e levei ao lume. Cozi-os até ficarem molinhos e a água reduzir bastante, até ficar uma calda no fundo do tacho. Reduzi a puré, grosseiramente, com a varinha mágica, e voltei a colocar no lume até ferver.

Bolo de amêndoa

Ingredientes
100 gr. de amêndoa moída
150 gr. de açúcar
30 g de manteiga
1 dl de água
3 gemas
1 ovo

Preparação
Levei a água e o açúcar ao lume até ferver. Despejei a calda por cima da amêndoa e da manteiga, misturando muito bem até a manteiga amolecer. Adicionei o ovo e as gemas e bati. Levei ao forno,  160º-180º em forma barrada com manteiga e com o fundo forrado com papel vegetal. Cozeu rapidamente, portanto verifiquem a cozedura com um palito.

Bolo de alfarroba

Ingredientes
100 gr. de amêndoa
70 gr. de açúcar amarelo
70 gr. de farinha de alfarroba
30 gr. de manteiga
1 colher de sopa de farinha de trigo com fermento
3 ovos

Preparação
Amoleci a manteiga, juntei aos ingredientes secos e juntei os ovos, um a um, batendo entre cada adição. Foi ao forno, 160º-180º, em forma barrada com manteiga e com o fundo forrado com papel vegetal.

No fim, desenformei ambos os bolos, já arrefecidos. Coloquei o bolo de alfarroba como base, barrei-o levemente com o doce de figo e coloquei o bolo de amêndoa por cima. Cobri generosamente com o doce de figo. Ficou bonitinho, não acham? Mas vou ter que voltar à carga...

Tuesday, September 20, 2016

Delícias da doçaria portuguesa - Porquinho doce


Ai ai ai! Hoje este blog até faz uma pessoa engordar, só de ler os posts! Mais um doce super fantástico que nos transforma em leitõezinhos anafados! Oinc Oinc! Apresento-vos o porquinho doce! Terão de ir até Beja experimentar um exemplar. E até vale a pena o passeio porque é uma cidade bem catita que vale a pena explorar. E pelo caminho têm a oportunidade de ver olivais a perder de vista! Como podem ver pela foto, este manjar, tem como principais ingredientes, a amêndoa em forma de massapão, chila e ovos! E um bocadinho de chocolate a dar cor à camada exterior do massapão. Como não podia deixar de ser, é um petisco! Como é possível não ser com estes ingredientes? E é bem fofinho! Mas nós não nos deixámos comover e afinfámos-lhe valentes dentadas nas patinhas, no focinho, as orelhitas já foram e a barriguita, bem rechonchuda, também já levou um avanço. E agora, metam-se vocês à estrada! Inté!

Delícias da doçaria portuguesa - Tarte D. Rodrigo


Olá! Caros leitores, apresento-vos mais uma maravilha de doçaria nacional, absolutamente pecaminosa e "engordatória". Uma tarte de amêndoa, ovo e açúcar, com uma pitadinha de canela. Adquiri umas amostras em terras Algarvias, numa feira de artesanato e doçaria. A jovem que me atendeu chamou-lhe tarte D. Rodrigo. O D. Rodrigo é m docinho que vem embrulhado nuns pacotinhos coloridos e tem por base os ingredientes que enumerei há pouco e mais uma dose de fios de ovos a cobrir. Esta versão é semelhante mas não tem os fios e dá para cortar à fatia. E devo dizer-vos que foi o melhor doce que comi nas minhas férias. Simplesmente divinal! Com uma textura húmida e densa, uma autêntica overdose de ovos e amêndoa. E a canela estava no ponto! Discreta o suficiente para se fazer notar e sem mascarar os restantes ingredientes. E já arranjei mais sarna para me coçar! Porque este será o meu próximo desafio! Replicar esta tarte! Entretanto, quero sossegar os meus leitores acerca da tarte 3 delícias. Fico feliz por ter despertado tanto interesse. Aliás, tenho recebido bastantes mensagens a pedir que coloque aqui a receita. Eu peço desculpa por estar a demorar tanto tempo, estou em falta e prometo resolver o assunto nas próximas duas semanas. Pelo menos quero apresentar-vos algo que seja aproximado, mesmo que necessite de uma terceira tentativa. Até breve!

Thursday, July 14, 2016

Tarteletes de lemon curd


Olá caros leitores! Trago-vos mais um docinho delicioso, daqueles que consolam a alma e os olhos. São bonitinhas, as tarteletes, não são? O lemon curd é um daqueles doces ao qual eu franzia a venta, talvez por ter a ideia errada de ser um produto ranhoso, muito apreciado por ingleses que mal sabem cozinhar e que compram tudo em frascos. Claro que entretanto os meus horizontes abriram-se e em vez de imaginar tontices, comecei a ficar curiosa. E não é que o meu pasteleiro actualmente preferido, o Sr. Rudolph, (podem vê-lo no 24 Kitchen) fez lemon curd num dos seus programas e imediatamente decidi fazer. Mas só me aventurei após provar uma amostra de mais uma intrépida cozinheira, amostra essa que estava muito boa, amarelinha, cremosa e com um saborzinho fantástico a limão. Pesquisei na internet e decidi-me por uma receita que leva apenas gemas, em vez de ovos inteiros. O resultado foi um curd de tom alaranjado, mais denso mas também saboroso. Isto para vos dizer que ainda vou comparar receitas! Ovos inteiros Vs gemas e se há alguma vantagem em usar uns ou outros. Nesta primeira tentativa, tive juízo e não inventei, não fosse o diabo tecê-las. Já me armei em criativa e a coisa deu para o torto... Portanto, dou-vos a receita que tirei da internet mas a próxima aventura será um lemon curd adaptado ao meu gosto e mais amigo da cintura! É que houve um comensal "rabugento" que achou o creme muito doce! 

Ingredientes da massa para as tarteletes 
150 gr. de amêndoa pelada ralada
150 gr. de farinha sem fermento
150 gr. de açúcar branco
150 gr. manteiga
1 ovo
Água fria, se necessária

Preparação 
Coloquei os ingredientes secos numa tigela, juntei o ovo e envolvi bem. Adicionei a manteiga fria cortada em cubos e misturei-a grosseiramente com a farinha, desfazendo os cubos em pedaços mais pequenos. Depois amassei levemente para que tudo ligasse. Tive que juntar umas gotinhas de água fria para a massa ganhar firmeza e não se esfarelar. O resultado final é uma bola de massa suficientemente firme para ser estendida mas ainda com pedacinhos visíveis de manteiga no meio. Para ser mais fácil estendê-la, coloquei a massa no frigorífico. Com o calor, é preciso ter cuidado com tudo o que leve manteiga. Massa molengona é um pesadelo para trabalhar!

Ingredientes para o curd 
8 gemas
200 gr. de açúcar
1,2 dl de sumo de limão
170 gr. de manteiga
Raspa de 2 limões grandes

Preparação 
Coloquei um tacho ao lume com água e deixei levantar fervura. Reduzi o lume para o mínimo para que a água apenas borbulhasse ligeiramente. Numa tigela de vidro que aguenta o calor, bati as gemas com o açúcar, a raspa e o sumo de limão. Coloquei a tigela por cima do tacho e comecei a cozer a mistura de ovos no calor, misturando sempre com a vara de arames. Aviso-vos que a tigela não pode entrar em contacto com a água do tacho, portanto tenham  atenção ao nível desta. E temos de misturar os ovos durante todo o processo. Portanto, nada de irem fazer um xixizinho e deixarem os ovos sem supervisão. Leva um bocadinho a cozer e os ovos precisam de algum tempo até começarem a engrossar mas é algo que não engana. Assim que ficou mais grossa, juntei cubos de manteiga, um a um, e deixando a manteiga envolver bem antes de adicionar outro. Assim que estava no ponto, tirei do lume e passei o creme por um passador para eliminar a raspa de limão e algum potencial grumo. Meti o creme num frasco e deixei refrigerar umas 3 horas. Agora algumas notas: No início, a mistura é muito líquida mas à medida que coze, fica mais cremosa. Ora foi neste ponto que talvez me tenha excedido! Segundo instruções que me foram dadas, se quiserem o típico lemon curd, ou melhor, com a textura correcta, devem tirar os ovos do lume quando vêem que estão a ficar cremosos (e depois da manteiga estar incorporada) porque a mistura continua a engrossar com o calor residual. Eu não o fiz. Por dois motivos! Porque queria o creme mais espesso para a massa das tarteletes não amolecer e porque não sabia quando o parar de cozer...eheheh. Resultado: o creme ficou um pouquinho denso. Devia ter tido em atenção que a refrigeração também lhe ia dar uma consistência mais sólida. Mas não se enganem! Estava bom e gostei da textura apesar de não ter ficado fiel ao que é suposto ser. 

Por fim, estendi a massa e cortei rodelas com uma circunferência um bocadinho maior que a das formas de queque. Usei formas descartáveis de alumínio com as paredes baixas. Forrei as formas, levei-as ao forno e deixei cozer e corar bem. Retirei-as do forno, deixei arrefecer, desenformei a massa das tarteletes e voltei a colocá-las no forno, desta vez viradas ao contrário para que o fundo também corasse, Retirei-as do forno, deixei arrefecer e recheei com o lemon curd. Parece difícil mas não é. Talvez seja um bocadito trabalhoso para se fazer tudo no mesmo dia. Aconselho que façam a massa de véspera, ou o lemon curd, e no dia seguinte já parece mais fácil e rápido. Espero que gostem!

Tuesday, May 24, 2016

Receitas da internet - Scones


Nunca fui fã de scones, talvez por a maioria que encontramos nos cafés, serem secos e sensaborões. Mas quando estes pãezinhos doces são feitos como deve ser, ui ui! Acabados de sair do forno, ainda quentes e barrados com manteiga! E recheados com queijo, fiambre ou doces e compotas...ai ai ai ai ai! E nem vos conto sobre o perfume que sai do forno durante a cozedura! Portanto, terei que me curvar perante a sapiência de quem facultou esta receita na internet! Não sei se a receita é da moça ou da avózinha, ou se ela a copiou de outro lado, mas foi no site Mumbles and Rumbles que a encontrei. Trago-vos mais uma receita à prova de mãos inábeis ou pouco experientes. Estes scones são infalíveis e merecem estar aqui no blog. Já os fiz 3 vezes e correu sempre bem. A última experiência que documentei para partilhar aqui, teve como resultado uns scones bem altos, fofos no interior e uma crosta ligeiramente crocante. Comi um mal saiu do forno e tive que me conter para não atacar outro. Devo avisar que a massa não é leve com bolhinhas de ar, é maçuda mas fofa e tem tendência a desfazer-se em migalhas, de tão amanteigada. Um scone tem de ter substância! Se acharem que custa a deglutir, principalmente quando o  scone já arrefeceu muito ou é do dia anterior. aqueçam no microondas por uns segundos e fica como novo! Quanto aos ingredientes, a receita pede thickened cream, ou seja, uma nata à qual é adicionado um agente espessante. Eu usei nata Mimosa para bater com 35% de gordura e que tem um espessante, o E401 (originário de uma alga, caso estejam curiosos) e o iogurte escolhi do tipo grego, que é mais encorpado que o iogurte normal.  Agora vou relatar como fiz os scones, embora vos tenha dado o link e o vídeo da receita original. Os meus ingredientes não respeitam as doses indicadas no site, fiz uns ajustes.

Ingredientes
540 gr. de farinha
1 colher de chá de sal, rasa
5 colheres de açúcar amarelo
160 gr. de manteiga fria
2 dl de nata para bater (usei Mimosa com 35% de gordura e espessante)
1 iogurte grego (aprox. 125 gr)
Leite para pincelar

Preparação :
Numa tigela, coloquei a farinha, sal e as 5 colheres de sopa de
açúcar, juntamente com a manteiga fria cortada em cubos (1). Com os dedos, esmigalhei grosseiramente a manteiga, esfregando-a contra a farinha com os dedos e a palma das mãos. É um processo rápido, não se assustem. No fim fica uma mistura areada, com pedacinhos de manteiga no meio da farinha, sem estar totalmente envolvida e é esse o objectivo (2). Depois juntei a nata, à qual tinha adicionado previamente o iogurte, e envolvi suavemente na farinha com uma colher de pau. Já com as mãos, amassei delicadamente os ingredientes até a massa ficar manejável. Aliás, amassar talvez não seja a palavra correcta, eu juntei os ingredientes. Não trabalhem a massa como se estivessem a fazer pão, senão fica tudo ligado, a manteiga entra totalmente na farinha e os scones ficam panquecas depois de cozidos. Se  a mistura estiver seca e ficar demasiado quebradiça, adicionem pingas de água, mesmo muito pouca de cada vez e continuem a juntar a massa até uma consistência em que vejam que é possível formar os bolinhos. Se repararem na foto (3), a textura é um pouco grosseira, parece que os ingredientes não estão bem ligados. Porque a manteiga não deve ficar totalmente envolvida na massa, devem permanecer pedacinhos visíveis, que vão ajudar os scones a crescer no forno. Estou a ser repetitiva, eu sei, mas é uma informação importante e quero que fique bem explicadinha! Com a massa já no ponto, coloquei-a na bancada da cozinha, polvilhada com farinha, e espalmei a massa com as mãos, num rectângulo alto e assim pró imperfeito, que não é preciso estarem com mariquices (vejam a foto pequena). Dobrei a massa como se fosse um livro e voltei a espalmar da mesma forma. Mais uma vez, dobrei e espalmei e outra vez o mesmo processo. Ao todo, umas 4 dobras e espalmadelas. As espalmadelas são suaves, não se ponham a dar murros na massa. Ela é molinha, portanto cede facilmente. No fim, a massa deve continuar alta! Com um cortador de bolachas, moldei os scones e coloquei-os num tabuleiro polvilhado com farinha. A foto (4) mostra o scone cortado e vê-se bem as camadas de massa resultantes das dobras. Por fim, pincelei os scones com leite e levei ao forno a 200º. Nesta fase de cozedura, cada um de vocês tem que tomar atenção aos scones porque os fornos não são todos iguais e uns têm ventilação, outros não, uns são a gás, outros eléctricos, e até as temperaturas divergem. Eu começo por cozer os scones a 200º mas quando vejo que estão a ficar escuros, tapo-os com alumínio e deixo cozer mais um pouco. Ao todo, leva uns 20 minutos. Deixo-vos aqui o vídeo, caso prefiram acção e menos conversa ou tenham alguma dúvida. Até breve!

Friday, May 20, 2016

Doce de nêspera


Como já perceberam, fazer doces de fruta não tem nada que saber. Portanto, não me vou alongar muito a explicar como fiz. Tenho outros posts aqui no blog sobre a confecção de marmelada e doce de abóbora, com fotos explicativas, que podem ajudar quem ainda não se aventurou nestas andanças. Eu usei 1960 kg de nêsperas. Foi com quanto eu fiquei depois de as arranjar. E quando digo arranjar, refiro-me a retirar o caroço e o (desculpem lá) "cú". A casca foi todinha para o tacho, apenas retirei partes que estivessem com alguma textura esquisita ou objecto estranho. E como a passarada gosta de se empoleirar na árvore e todo o cuidado é pouco, antes de as arranjar, lavei as nêsperas em água corrente e abundante. Coloquei-a num tacho largo com 450gr. de açúcar, casca de um limão e sumo de dois. E foi assim para o lume até ficar tudo bem cozido e a calda reduzida. Antes de apagar o lume, passei a varinha mágica na fruta, apenas para esmagar partes, tive o cuidado de deixar pedaços inteiros. Deixei ferver mais uns 5 minutos e passei o doce para os frascos esterilizados. Ficou bem bonitinho! Falta ir agora fazer uma fornada de scones para provar o doce! Fica para a semana. Até breve!  

Thursday, May 12, 2016

Queques de coco e cereja


Cerejinhas! Gorduchas e suculentas! Estas são conservadas em calda maraschino. Hei-de fazer com cerejas frescas, apesar da Primavera estar a ser madrasta para estas lindas frutinhas. De qualquer forma, esta versão de conserva é um bom substituto. Eu gosto do paladar e são "licorosas", têm uma calda espessa e bem açucarada! Falta saber onde encontrar todo o ano. Eu comprei no Lidl por altura do Natal mas como há certos produtos que aparecem apenas durante determinadas festividades, nem sei se continua disponível à venda. Lá terei que fazer eu mesma as minhas cerejas em calda e afogá-las nalgum licor saboroso. Mas isso será lá mais para a frente. Agora vou dar-vos esta simpática receita de queques fofinhos e saborosos.

Ingredientes
4 ovos
1 iogurte natural
2 copos de iogurte de farinha
2 copos de iogurte de açúcar mascavado
3/4 copos de iogurte de coco ralado
1/2 copo de iogurte de óleo de girassol
raspa de 1 limão
açúcar baunilhado
Cerejas em calda (de preferência maraschino)
Fermento royal q.b.

Preparação
Numa tigela, colocam o iogurte natural e, depois de terem lavado e secado o copinho, juntam 2 copos de açúcar e 1/2 de óleo e misturam muito bem. Separam as gemas das claras e reservam estas últimas para serem batidas. As gemas são adicionadas à mistura de açúcar, assim como o coco ralado, a raspa de limão e a baunilha. Batem vigorosamente e depois envolvem a farinha e o fermento e, por fim, as claras em castelo, com movimentos delicados para não abaterem. Distribuem a massa pelas formas de queques bem barradas com manteiga e em cada uma colocam 3 cerejas e salpicam a massa com calda. Eu confesso que as minhas cerejas afundaram na massa, como podem ver pela foto. Mas eu até nem me chateei e virei os queques de pernas para o ar de forma às cerejas ficarem visíveis. E os queques até ficaram fofos, com ar de pudinzinhos. Para dar um aspecto ainda mais apetitoso, aproveitam a calda e cobrem cada queque com uma quantidade generosa, de forma a escorrer à volta.
Espero que gostem!

Nêsperas aos molhos...


...literalmente! A nossa nespereira é de uma tal generosidade que até irrita! Paletes de nêsperas todos os anos! E eu pouco lhes pego, nunca fui grande apreciadora. E é um fruto tão delicado, facilmente se estraga após a colheita, não dá para armazenar porque ficam logo escuras e moles. Isto é...as nossas 100% naturais ficam, as de supermercado duram e duram e duram e suponho que isso seja mau sinal... Ainda por cima a chuva este ano não tem ajudado e, para evitar que apodreça tudo, resolvi fazer doce. Depois partilho com vocês o resultado. Entretanto tenho mais uma tonelada de nêsperas para apanhar....Ufff!

Pão de trigo e milho


Mais um super pãozinho, feito com aquela receita à prova de falhanços. Desta vez usei também farinha de milho, embora tenha sido tímida nas quantidades, apenas 120 gr. de milho para 300 de trigo. Levedou bem mas no próximo pão arrisco usar quantidades iguais de ambas as farinhas. E brevemente vou começar a visionar um programa sobre pão, do senhor Paul Hollywood, um moço prendado e simpático, de olhinhos bonitos, e que tem jeito para as massas. Quem sabe se aprendo algum truque e me inspiro para mais e melhores receitas! Até breve!

Monday, May 2, 2016

Receitas da TV : Bolo nuvem de morango


Cá está o bolo a que me referi no post anterior, apelidado de nuvem de morango ou strawberry cloud cake. A receita não é minha, vi-a a primeira vez no 24 Kitchen pela mão da sra. Anabelle Langbein. Achei imensa piada à espuma de morango e, principalmente, à facilidade com que se faz. A primeira vez que fiz este bolo, por ocasião do aniversário da minha mini sobrinha de 5 anos, respeitei a receita quase na totalidade, omitindo apenas a canela, que considero muito saborosa mas excessivamente intrusiva e eu queria que o morango brilhasse. Se correu bem? Sim, caros leitores. Com esta receita também é difícil errar, não requer nenhuma técnica. No entanto, sendo à base de claras, é muito delicada e perecível. As claras em castelo, mesmo num merengue espesso, têm tendência a desfazer-se, a liquidificarem. Daí que a Sra. Langbein aconselha a refrigerar o bolo no congelador. O que cria outro problema. A base de bolacha fica rija como um corno. Para fatiar o bolo foi preciso recorrer ao músculo do Mr. Fofo, já que os meus "bracinhos débeis" não deram conta do recado, tal a forma como enrijeceu! Devo dizer que todos os comensais, até agora, gostaram muito do bolo, não há nada a apontar em relação ao sabor. Mas eu decidi que tinha de resolver o problema da fragilidade e evitar que a base ficasse dura. Portanto, para não congelar o doce, usei folhas de gelatina! Que mantiveram a textura de espuma mas deram maior resistência. Mesmo assim não convém apanhar calor porque amolece. Eu quis presentear uns amigos a quem prometera um docinho e devo dizer que a viagem de metro até Lisboa fez alguma mossa...
Primeiro, vou dar-vos o endereço do site da Sra. Langbein caso queiram ser totalmente fiéis ao original. E agora apresento-vos a minha versão, com menos açúcar, sem canela e com a inclusão de gelatina:

Ingredientes para o merengue ♥
250 gr. de morangos em pedaços médios
180 gr. de açúcar
2 claras
1 colher de sopa de sumo de limão 
4 folhas de gelatinha
0,5 dl de leite muito quente
pitada de baunilha


Ingredientes para a base ♥
200 gr. de bolachas digestive
100 gr de manteiga
um punhado de coco ralado

Preparação
Esta receita requer uma batedeira de mesa, pelo menos facilita muito o trabalho. Podem experimentar com uma batedeira de mão, suponho que não haja problema, só é mais cansativo. E aconselho a usarem uma tigela grande, com paredes altas, já que as claras sobem bastante. Vamos lá começar!
Eu pesei 200 gr. de bolachas digestive e, num recipiente, esmigalhei-as com as mãos até ficarem em areia grossa, com pedaços de bolacha à mistura, pois a textura tem mais graça se sentirmos substância ao mastigar. Juntei as 100 gr. de manteiga derretida, um punhado generoso de coco ralado e amassei bem. Se acharem que a mistura não está a ligar bem por ter ficado muito seca, usem leite para ajudar a "colar". Não é para ficar em pasta! Como sugestão, podem adicionar nozes picadas á base ou outro fruto seco de que gostem. Forrei uma forma de mola e fundo amovível com película aderente e cobri-o com a massa de bolacha (2). Salpiquei com coco ralado e levei ao frigorífico. Entretanto coloquei as 4 folhas de gelatina (das médias. Usei marca Gelita transparente) de molho em água fria para amolecerem. Na tigela da batedeira, pus os morangos cortados (1), as duas claras, o açúcar, o sumo de limão e a pitada de baunilha e levei tudo a bater em velocidade máxima durante 8-10 minutos (3). Enquanto as claras batiam, aqueci o leite até ficar bem quente e lá diluí a gelatina já amolecida e bem espremida. Certifiquem-se que fica completamente diluída, sem pedaços de gelatina! Adicionei, aos poucos, o leite ao merengue que tinha estado a bater  entre 8-10 minutos e deixei ficar a bater mais 2 minutos (4). Não se assustem se o merengue abater muito ligeiramente com a introdução do leite. Fui buscar a forma ao frigorífico, despejei lá o merengue e alisei. Passadas umas horitas, enfeitei com pedaços de morango e coco ralado. Para desenformar, comecei por aquecer uma faca em água a ferver e passei-a a toda a volta da forma para descolar a espuma das laterais. Aqueci várias vezes a faca e fui descolando por secções, secando sempre a faca depois de a aquecer na água. Na base, usei uma espátula comprida para separar a bolacha da película e "empurrar" o bolo para um prato largo. Espero que gostem desta receita! É perfeita para o tempo quentinho que já nos está a bater à porta. Até breve! 

Tuesday, April 26, 2016

Brevemente...


Motivada pelo recente sucesso a fazer pão, aventurei-me dentro da mesma temática e vasculhei os confins da internet para encontrar outras receitas infalíveis e fáceis. Tenho mais duas boas receitas! De pão de Deus, mais concretamente de brioche mas adaptada, e de scones! Ambas correram maravilhosamente. Falta agora partilhar com vocês, o que será para breve. Enquanto não domino a arte de como amassar, levedar pão e de criação de fermentinhos, continuarei a optar por receitas à prova de nabice, facultadas por outros entusiastas das artes culinárias! Portanto, será inaugurada uma nova categoria aqui no blog, de recriação de receitas da tv e da internet. Para além destes pães, quero mostrar-vos um docinho super catita com o qual me entusiasmei, da Sra. Annabele Langbein, que consiste numa espuma de morango sobre uma base de bolacha. Mas neste caso, quero fazer uma ou outra alteração para dar alguma consistencia à espuma, que é muito sensível e tem tendência a desfazer-se. Estes serão os próximos projectos aqui no blog. Estejam atentos!

Wednesday, March 9, 2016

E saem mais dois pãezinhos! - receita de pão infalível e rápida

Foto 1 - Pão integral - levedou 8 horas
Foto 2 - Pão integral - levedou 32 horas
Foto 3 - Tempo de levedura
Instruções

Se leram os posts anteriores, devem saber que, eu, uma padeira de nível mediano, fiz um exemplar de pão merecedor de ovação. E entretanto fiz mais dois! Yeahhh! Adoro pão! Sou capaz de comer pão a todas as refeições! E há algo de maravilhoso em fazer um, a começar pelo cheiro que deixa na casa. Fica desde já aqui bem explícito que não sou a autora desta receita. Foi-me facultada por uma amiga do Facebool, a Ana e pertence ao site It´s always autumn. Lá podem encontrar as explicações todas de como fazer o pão e o vídeo ilustrativo, que incluo no fim deste post. Basicamente, aqui no blog, vou relatar a minha experiência, como fiz o pão, com base na receita original mais os conselhos da Ana e uma coisita ou outra que eu possa ter alterado. Até à data, já confeccionei 3 pães. Um pão branco e dois integrais. Todos, sem excepção, correram muito bem! 2 deles ficaram a levedar 8 horas e o terceiro levedou 32 horas. Que diferenças reparei? A massa (semi) integral leva mais tempo a levedar. Enquanto que a massa do pão branco numa hora já estava bem adiantada, a do pão integral parecia uma lesma. Foi nesta altura que me assustei e, achando que tinha metido o pé na argola, fiz uma segunda leva de massa integral, por precaução e mantive ambas a levedar. Afinal não tinha metido água. Leva mesmo mais tempo a crescer. Decidi fazer outra experiência e deixei uma das massas integrais levedar 8 horas e a outra 32 horas. O resultado foi o pão das 32 horas ficar com aberturas maiores no miolo. Vejam a comparação na foto 3. A escolha de fazerem pão branco ou escuro é uma questão de preferência a nível de sabor, se querem um paladar suave ou mais forte, tendo em conta o tipo de comida que o vai acompanhar. Porque, qualquer uma das massas, ao fim de 8 horas já está pronta para ir ao forno. Quanto às quantidades dos ingredientes, o site utiliza a medida cups. Eu tenho um copo medidor que tem lá marcado cups, portanto foi fácil. Para vos facilitar a vida, usei a minha balança para saber quantas gramas são 3 cups ou quanto ml são 1 1/2 cups.. Quanto a alterações à receita fiz pouca coisa. Adicionei um punhado de açúcar à massa, para ajudar a levedar. Pus mais fermento do que indicado. E esqueci-me de fazer os cortes na massa antes de a levar ao forno. O pão mesmo assim ficou tão bonito, que decidi não fazer cortes nas outras vezes. Façam como preferirem, se acham que pode fazer diferença no crescimento da massa. Então, vamos lá começar!

Ingredientes
430 gr de farinha branca ou mistura com integral (50% branca-50% integral) sem fermento
3,5 dl de água morna
1 colher de chá de sal
2 colheres de chá de fermento seco (usei Fermipan)
1 punhado de açúcar amarelo

Preparação
Dentro de uma tigela com paredes altas (para permitir que a massa suba), deitam a farinha, o açúcar e o sal e misturam com a ponta dos dedos. Juntam o fermento e a água morna. Batem com a colher de pau até tudo ficar ligado. Esta massa não é a típica massa de pão que forma uma bola e descola das paredes da tigela. É húmida e peganhenta, cola-se a tudo e mais alguma coisa! Mas é assim que deve ficar. Tapam bem a tigela com película aderente e deixam levedar no mínimo 8 horas (após 6 horas a minha massa já estava no ponto, portanto não é mesmo obrigatório as 8 horas. Usem o vosso bom-senso). Vejam os posts sobre o pão branco que fiz. Tem lá fotos de como a massa levedou. Não se assustem se a massa integral não subir tanto como a massa de farinha branca, houve uma ligeira diferença no meu caso mas não se reflectiu negativamente no resultado final após cozedura.
Assim que a massa estiver levedada (1), ligam  o forno a uma temperatura entre os 200º- 230º e metem lá dentro o recipiente onde vão cozer o pão a pré-aquecer, forrado com papel vegetal, com a  tampa incluída. Pode ser uma panela com pegas e tampa em metal, uma caçarola em vidro com tampa (4), etc. Se o recipiente não tiver tampa, tapem com papel de alumínio quando o pão entrar no forno.  Eu uso 200º de temperatura porque o meu forno é meio marado e se eu não tiver cuidado, esturrica tudo mas a receita original indica 230º. Deixam o recipiente aquecer durante uns 15 minutos. Quanto já estiver quente, tratam da massa. Numa superfície muito bem enfarinhada, que pode ser a bancada da cozinha, despejam a massa levedada (2). Como é elástica, ela desliza facilmente da tigela em bloco. Depois, basta  soltar os pedacinhos que teimam ficar colados à tigela. Salpicam bem a massa com mais farinha e formam uma bola, "entalando" as bordas da massa para baixo, como se estivessem a entalar a roupa da cama por baixo do colchão (3). Por fim, vão buscar o recipiente ao forno e colocam lá dentro a bola de massa, tapam e fica a cozer durante 40 minutos. Após esse tempo, destapam o recipiente e deixam corar a côdea durante mais 10 minutos. Tem graça que quando faço o pão dentro da caçarola da Pyrex (ya...eu andei a colar os selos do Continente), o pão fica bem moreninho ao fim dos 40 minutos. Mesmo assim assim cozo mais um bocadinho, só para que fique super estaladiço. Não é preciso dizer-vos que convém ter um pacotinho de manteiga a jeito assim que o pão sai do forno. Ou um queijinho...ou qualquer outra coisa porque pão fica bem com quase tudo! Vá, vão fazer pão, já não há desculpas. Fazem a massa de véspera, que leva menos de 10 minutos e cozem o pão no dia seguinte, em 50 minutos aproximadamente. Mais fácil e rápido que isto é impossível! Se desconfiarem da vossa cozinheira de serviço e quiserem ler a receita original, visitem o link que indiquei acima e vejam o vídeo que anexei a este post. E podem partilhar fotos aqui com a moça! Terei gosto em publicá-los no blog! Beijinhos.


Wednesday, March 2, 2016

Só para vos aguçar o apetite....


O pão "tudo à molhada e fé no fermento". Acabado de sair do forno. Estou tão orgulhosa. Ficou super bonito e fofo. Só tenho pena de não ter tostado um pouco mais o exterior para ficar extra crocante. Fica para a próxima. A receita é mesmo à prova de falhanços. Eu que era mázinha a fazer pão, pareço uma pro! Agora até já penso em variantes com diferentes farinhas. Brevemente ponho a receita no blog!

Pão "tudo á molhada e fé no fermento"

Massa antes de levedar
1 hora depois
3 horas depois
Pão feito pela Ana Teresa
Em primeiro lugar...Olá!!! O blog esteve 2 meses parado, por vários motivos, mas cá estamos nós novamente com novo material para vos mostrar. Devo confessar, que houve alguns falhanços pelo caminho, que vos mostrarei nem que seja por advertência, para não cometerem os mesmos erros que eu. Este post é relativo a um trabalho em andamento. Um pão cuja massa está a levedar enquanto escrevo este texto. Chama-se pão "tudo à molhada e fé no fermento" porque basicamente é atirar os ingredientes todos para uma tigela e misturar com a colher de pau até ficar tudo ligado. E esperar que o fermento faça a sua magia, apesar da pouca atenção que merece durante a confecção. Eu sou uma nódoa a fazer pão! Confesso. Já aqui me queixei várias vezes que eu mato os fermentos todos. As massas ficam comatosas! Não sobem ou levedam mal e o resultado é um pão denso e seco ou simplesmente uma panqueca. Esta receita surgiu por intermédio de uma amiga do Facebook, a Ana Teresa, que colocou um post onde ensinava como fazer um pão infalível e super fácil e rápido de preparar. Eu franzi logo a venta porque, ao longo dos anos, tenho lido tanta teoria sobre como fazer pão e a mocinha do vídeo faz uma massa em dez minutos, sem pré-activar o fermento, nem amassar nada, sem deixar a massa levedar num cantinho quente da casa. Ora, a Ana Teresa foi replicar a receita e que lindo que ficou o pão! Cresceu imenso, ficou cheio de buraquinhos na massa, fofinho e crocante por fora. Vejam a foto. É assim que quero o meu! Ora, fiquei logo aguada. E é agora que vou tentar fazer um! Das outras vezes, tinha o cuidado de alimentar os fermentinhos com água quente e açúcar para ficarem todos contentes e crescerem altos e espadaúdos e eles faziam-me um manguito! Pois agora, fiz como na receita e atirei-os à bruta para o meio dos outros ingredientes e bati-lhes com a colher de pau! E parece que gostaram do tratamento vigoroso...A hora da verdade é mais logo. Vou dar 8 horas de descanso aos fermentinhos antes de os sacrificar em forno bem quente. Espero trazer boas notícias. Agradeço à Ana a fotografia do seu belo pão e os sábios conselhos que me deu. Amanhã já vos mostro o resultado e faculto a receita e respectivo vídeo da tal moçoila. A não ser que o pão vire panqueca e eu me esconda num buraco qualquer. Até amanhã!

Tiramisù - 1 ª tentativa

Resultado final
Savoiardi
Zabaglione  
Este post serve como registo fotográfico do meu primeiro tiramisù. Não vos dou a receita porque a textura não ficou como eu queria. Fico demasiado molengão para o meu gosto. Quando decidi fazer esta receita, tive o cuidado de investigar como se confecciona no seu país de origem. Daí que optei por fazer tudo de raiz, nomeadamente os biscoitos tipo la reine chamados savoiardi. E o creme zabaglione cujos ovos são cozidos em banho maria. Pensei que iria dar mais trabalho mas o resultado seria também melhor. E devo dizer que a nível de paladar estava bem catita. Tive pena de não arranjar o vinho Marsala, que substituí por rum. O problema acabou por ser os savoiardi. Os meus, comparados com os que vi na internet, não cresceram tanto. E ensoparam demasiado o café, daí a textura molengona. Portanto, estou  a pensar arranjar uma opção para os savoiardi. Se uso bolo ou se faço outros biscoitos mais rijos e resistente. Claro que depois não posso dizer que é um tiramisú autêntico mas o que interessa no fim é mesmo o sabor e o prazer que nos dá comer.

Thursday, January 7, 2016

Biscoitos de manteiga natalícios com doce de morango


Parece que vale a pena colocar aqui a receita dos meus biscoitos natalícios pois foram aprovados por vários comensais a até tive que fazer uma encomenda especial depois das festividades. Acabei por gostar bastante do aspecto imperfeito das bolachinhas e tal deveu-se ao facto de ter incluído farinha com fermento na receita, o que faz com que a bolacha fique com pequenas rachas ao longo da superfície. Mas até lhe dá um visual mais apetitoso. Se compararem as árvores de Natal com as estrelas, dois posts abaixo, vão ver que as estrelas estão mais lisas, "perfeitinhas" porque a massa foi feita com farinha sem fermento e não cresce. O recheio que escolhi foi doce de morango, feito por mim e também experimentei marmelada mas prefiro com o morango. E comidas ao natural também são muitos boas, portanto a opção é vossa, de as rechear ou não.

Ingredientes para as bolachas
250 gr. de farinha sem fermento
250 gr. de farinha com fermento
250 gr. de manteiga
250 gr. de açúcar branco
2 ovos
Raspa de 2 limões
1 colher de chá de açucar baunilhado

Preparação
Numa tigela, juntei os dois tipos de farinha com o açúcar. Cortei a manteiga em cubos pequenos e juntei-os à farinha. Com a ponta dos dedos, misturei os cubinhos na farinha, usando também as palmas das mãos para os desfazer. No fim fica uma mistura que parece areia. Adicionei a raspa dos limões, o açucar baunilhado e os 2 ovos e amassei muito bem. Caso vejam que a massa fica demasiado quebradiça, que não liga bem, adicionem pingas de leite até a consistência ficar correcta. Mas não se esqueçam que a massa destes biscoitos não é elástica e lisa, tal como a massa de pizza por exemplo. Esta massa quebra um pouco, faz fendas na superfície mas mantém a integridade. Eu deixei a massa repousar 1 hora e estendi-a numa tábua de cozinha. Cada bolacha deve ter uns 3 mm de altura no máximo, principalmente se as vão rechear depois e cobrir com outra bolacha. E eu uso icing sugar, em vez de farinha, para estender a massa. Esta pega um bocado às superfícies porque tem muita manteiga e açúcar. Podem refrigerá-la um bocadinho antes de a trabalharem mas cuidado porque se a manteiga da massa refrigera demasiado fica rija como um corno. Outra coisa muito importante! Se vão rechear as bolachas, fica mais bonito ver-se o doce de morango a espreitar por uma janelinha. Portanto, as bolachas fechadas têm de fazer par com outra com um buraquinho. Para abrir o buraco, eu uso um descaroçador de maçãs. Por fim, levei as bolachinhas ao forno a 160º-180º até ficarem douradas. E eu cozo-as dos dois lados para que fiquem sequinhas e estaladiças. Devo avisar que as bolachas amolecem um pouco com a introdução do doce, mesmo guardando-as em frascos. Mas eu até as prefiro assim quando recheadas. Se as guardarem sem rechear elas não perdem a textura estaladiça. Agora vamos passar ao doce:

Ingredientes para o doce
1,500 kg de morangos
300 gr. de açúcar amarelo
Sumo e casquinha de 1 limão

Preparação
É tão fácil fazer doce de morango que é, basicamente, tirar a folha verde aos morangos, atirá-los para um tacho, adicionar a casquinha, cobrir com o açúcar amarelo e regar com o sumo de limão. Cozi-os em lume brando. Os morangos largam imensa água, reduzem ainda mais e parece que fica uma sopa de morango no tacho. Mas à medida que a água reduz, o doce espessa e o morango sobressai. Portanto, não temam. Mas nada de distracções. Assim que o doce começa a ficar mais denso, têm de ir mexendo o tacho senão pega. Se tiverem dúvidas, vejam as receitas de doce de abóbora e marmelada que eu coloquei aqui no blog. E já sabem, depois basta barrarem generosamente uma bolacha fechada com o doce e cobrirem com a bolacha aberta, apertando um bocadito para que o doce comece a sair pela janela. E que bonitinhas que ficaram as minhas árvores de Natal, não acham?  

Wednesday, January 6, 2016

Paparoca de Natal


Agora que a azáfama do Natal já passou, posso mostrar-vos o menú do dia 25. Começou com uma prova de 3 belas cervejas caseiras, feitas pelo anfitrião deste ano, o meu irmão Daniel. Devo dizer que o mocito tem jeito para a coisa e espero ansiosamente pela prova da próxima "colheita". Podem também observar os costados do meu perú. Aliás, meu e do Mr. Fofo, o querido e fiel ajudante nestas aventuras, cuja técnica de cozedura é infalível. Mais uma vez, o perú ficou devidamente cozinhado, sem secar, apesar de chegar às nossas mãos "defeituoso", com a pele rasgada. Mas a técnica da cobertura de toucinho tem-se revelado uma mais-valia e, de ano para ano, vai sendo aperfeiçoada. Também no menú, um cabritinho assado no forno com batatas e arroz de açafrão. Só coisas boas! Espero que o vosso Natal tenha sido igualmente bom e recheado com coisas deliciosas. Se quiserem partilhar fotos dos vossos menús, terei o maior prazer em publicá-las aqui no blog. E um bom ano para todos! Beijo.