Friday, November 29, 2013

Bacalhau com cebola caramelizada


Mais uma receita apetitosa da autoria do Mr. Fofo. E que bom que estava, foi um autêntico mimo! Umas deliciosas postas de bacalhau, peixinho que não me canso de comer, cozinhadas lentamente com cebolas que ficaram com um belíssimo tom bronzeado. E é muito fácil de confeccionar. O cozinheiro cortou 2-3 cebolas em rodelas e pô-las num tacho largo juntamente com rebentos de alho. Se olharem para a fotografia vão ver umas pintinhas pretas no meio da cebola. São os rebentos, que podem e devem ser consumidos crus em saladas para que o seu sabor seja totalmente preservado. Mas mesmo cozinhado dá um ar da sua graça, nem que seja em termos de apresentação. Podem ver neste link outra receita, de arroz de almôndegas, onde os usei. No tacho, o Mr. Fofo juntou também azeite quanto baste, pimentão doce, manjericão seco e oregãos. Foi ao lume médio e ficou a cozinhar até a cebola entranhar bem os temperos e amaciar. O cozinheiro juntou vinho branco, envolveu muito bem, e dispôs as postas de bacalhau em cima da cebolada, baixou um pouco o lume e deixou o peixe suar, com o tacho tapado, durante 30 minutos. Tenham cuidado para não deixar pegar. Como já vos disse, o bacalhau ficou super, mega saboroso. Até a pele se comia, de tão macia, com aquela gordura boa. E a cebolada, era capaz de comer um prato cheio! Ai! Não admira que a balança me acuse de ser gulosa...

Bacalhau salteado com pimento e linguiça


Reparei agora que tinha uma série de receitas em stand by, que não chegaram a ser publicadas devido ao facto da blogueira ser um pouco despassarada. Nunca é tarde, embora a memória possa estar um pouco difusa. Penso lembrar-me da essência do petisco. Esta é mais uma contribuição do cozinheiro Alex, um bacalhau desfiado com pimentos e linguiça, salteado em azeite e alho, que vos vou explicar de seguida como fazer. Reparem na fotografia de grande autenticidade, do "bacalhau salteado em toalha de flores com nódoa a condizer" (gentilmente cedida pelo mano David). Não acham que seria um bom título para esta receita, ao estilo dos nomes pomposos que os chefs dão aos seus pratos, mas num tom mais popularucho? Avançando...perguntei ao cozinheiro como preparou este petisco e ele explicou-me que devem descascar uns alhos e levá-los a fritar em azeite até ficarem molinhos mas sem tostar. Juntam a cebola em lasquinhas, deixam refogar e adicionam o pimento vermelho e a linguiça. Fica ao lume até que os sabores se soltem e perfumem o azeite. Depois é só juntarem o bacalhau desfiado, deixando-o cozer e largar a sua gordurinha. Juntam as batatas previamente cozidas e cortadas grosseiramente, envolvem bem e voilá! Só falta irem para a mesa atacar a comida. Bom apetite!

Tuesday, November 26, 2013

Marmelada - Receita passo a passo


Depois do doce de abóbora, o meu primeiro doce caseiro, que, devo dizer, correu muito bem, é altura de vos apresentar a minha primeira marmelada. Já a provei, ainda quente, e para já parece-me que ficou bem catita! É só deixar arrefecer e vou ferrar-lhe o dentinho, só para comprovar que está mesmo boa. Nhamm! A receita não tem segredo ou inovação. Eu gosto da marmelada a saber a marmelo e daí não ter adicionado nenhum ingrediente que pudesse mascarar o sabor do fruto. Dispensei canela, laranja e afins. Só aproveitei mesmo um limãozinho, o sumo, para dar um pouco de acidez mas foi a medo e na próxima marmelada até vou adicionar mais. Devo ter comprado 3 kg. e tal de marmelo, aproximadamente, que, depois de descascado, deu 2,300 kg de polpa. Usei 950 gr, de açucar amarelo e o sumo de limão e meio, mais uma tirinha de casca. A parte mais chatinha foi mesmo descascar o raio do fruto! E que bem fiz eu em deixar os marmelos a amadurecer depois de comprados. Penso que os adquiri uns 2 meses, mês e meio, antes da confecção do doce. Já estavam amarelinhos e a ficar com umas manchinhas na casca, por isso decidi que tinha chegado a hora de os preparar. Foi mais fácil descascá-los assim madurinhos, mesmo assim há que ter cuidado para não deixar durezas nenhumas, a zona junto ao caroço é um pouco rija. Como podem ver pelas fotos, cortei os marmelos ao meio e cada metade em 4 partes, facilitando a extração do caroço e a remoção da pele. Os pedaços que ia cortando, deixei-os de molho em água com limão para não escurecerem muito. Depois do marmelos estarem arranjados, lavei os pedaços em água corrente e coloquei-os num tacho alto e largo. Cobri com 950gr. de açucar amarelo, reguei com o sumo do limão e juntei a casquinha. Envolvi bem os ingredientes e levei a lume brando. As fotos nº5 a 9 mostram o evoluir da cozedura e como a textura se altera. Primeiro, os marmelos com o açucar a cobri-los (foto 5), antes de irem para o lume. De seguida, depois de apanhar o primeiro calorzinho, o açucar começou a derreter e a formar uma calda com o sumo do limão e os sucos da fruta (foto 6). À medida que foram cozendo, os marmelos reduziram de tamanho, perdendo água e foram ficando mais molinhos. Nesta fase havia bastante calda no tacho (foto 7). Com a cozedura já adiantada, a calda reduziu e os marmelos começaram a desfazer-se (foto 8). Foi nesta altura que fiquei junto ao tacho sem me afastar, mexendo os marmelos com frequência, pressionando com a colher de pau para desfazer bem a fruta (se tiverem um esmagador de batata, daqueles simples com cabo, usem-no). A foto 9 mostra uma fase mais adiantada, em que o doce já secou bastante e o marmelo está bem esmagado. Lembrem-se de mexer sempre o doce, senão pega, mesmo em fases iniciais, nem que seja para se irem habituando ao processo! Se lerem o post sobre o meu doce de abóbora, percebem o resultado desastroso de pequenas distrações.  Há quem use a varinha mágica para reduzir o marmelo a puré, em vez de o ir esmagando durante a cozedura. Eu prefiro a segunda opção porque sinto que controlo melhor o resultado final. Eu gosto da marmelada em puré grosso, mas com textura, com pedacinhos de fruta aqui e ali, com uma textura irregular. Entretanto, enquanto escrevia este post, o doce arrefeceu bastante e eu provei novamente. Está consistente q.b., saboroso e bastante docinho, sem ser enjoativo. Estou muito satisfeita! Se mudava alguma coisa? Da próxima vou-me atrever a reduzir um pouco mais o açucar, talvez use apenas 800 gr. e vou introduzir um pouquinho mais de sumo de limão. Agora só falta colocar a marmelada em frasquinhos e embelezar, para oferecer à família. Num próximo post vão poder ver o resultado final.Entretanto, para saberem como conservar os vossos doces em frasquinhos, visitem este post.

Resultado final. Para verem a marmelada dentro dos frascos, cliquem aqui.

Salteado de couve com enchidos


Para aproveitamento de sobras, fiz mais um salteado, desta vez com couve roxa, grelos de couve, chouriço de vitela mirandesa e alheira de Seia. Pedi ao meu ajudante e grande apreciador de salteados, o Mr. Fofo, para cortar as couves em tiras. Eu pus um tacho com água ao lume até ferver e lá demos um "apertão" nas couves. Entrou primeiro a couve roxa, que leva mais tempo a cozer e depois introduzimos os grelos de couve. No final, ambas estavam cozidas mas rijinhas quanto baste. Retirámos as couves do lume com uma pinça (para aproveitar a mesma água para cozer as ervilhas) e deixámos a escorrer bem. Entretanto pus as ervilhas a cozer juntamente com o chouriço de vitela. A farinheira, como fazia parte do aproveitamento de sobras, já estava previamente cozida. Assim que o chouriço cozeu, o Mr. Fofo cortou-o em fatias longas. Aqueci azeite numa frigideira, juntei os alhos e deixei que ficasse bem perfumado. Adicionei as couves, envolvi bem no azeite, coloquei as ervilhas escorridas, temperei com pimenta preta e pimentão doce. Deixei apurar e o Mr. Fofo juntou o chouriço aos vegetais, assim como as farinheira, já sem a pele. Deixámos cozinhar mais um pouco, envolvemos tudo muito bem e servimos. Estava muito bom, pois claro e adorámos os tons do salteado, o verdinho com o roxo. Muito bonito! Aqui têm mais uma receita fácil e rápida de preparar. Bom apetite!  

Thursday, November 21, 2013

Arroz de almôndegas


Quando fiz a bolonhesa para os meus sobrinhos, sobrou molho de tomate e o preparado de carne. Neste post podem ler a receita de ambos. Para o aproveitamento dos restos, fiz um arroz num instante. Usei o molho de tomate como base do arroz, necessitando apenas de acrescentar um pouco de água, vinho branco e sal, já que o molho incluía vários temperos e ingredientes como pimenta, oregãos, cebola, alho, etc. Coloquei o molho numa frigideira, acrescentei água q.b., o vinho branco e temperei de sal. Deixei ferver. Juntei o arroz, deixei cozer um pouco e adicionei as ervilhas (para ser mais rápido, usei de lata). Durante a cozedura, misturei constantemente com a colher de pau para que o arroz largasse a goma. Ficou a ferver até o arroz estar quase pronto. Nessa altura, adicionei os rebentos de alho germinados, as bolinhas de carne e cozinhei até o arroz estar no ponto, rijinho e cremoso. Ficou bem bonitinho! Com salpicos de preto, dos rebentos de alho e o tom alaranjado do tomate. Espero que gostem da sugestão!

Bolonhesa de duas maneiras


Tenho duas receitas de bolonhesa diferentes para vos apresentar. Só tenho uma foto, e das manhosas, porque me esqueci de fotografar uma das versões. Basicamente, uma das receitas é mais rápida de fazer porque é tudo cozinhado junto em vez de os elementos serem tratados individualmente.
  
Ingredientes para as duas receitas
500 gr. de carne picada (receita nº1)
500 gr. de carne para estufar/cozer (receita nº2)
Tagliatelle ou esparguete
Tomate
Dentes de alho
Cebola
Oregãos 
Sal, pimenta, noz moscada, louro

Receita nº1 (mais rápida)
Preparação

Levei a refogar em azeite cebola aos cubos e alho picado, juntamente com uma folha de louro. Deixei amaciar sem dourar. Juntei o tomate em pedacinhos e ficou a cozinhar 10 minutos, adicionei a carne, temperei de sal, pimenta e oregãos e ficou a apurar até reduzir um pouco, pois o tomate tinha largado bastante sumo e prefiro o preparado de carne a atirar para o húmido sem estar ensopado em molho. Cozi a massa em água com um fio de azeite e sal, escorria-a bem e juntei ao preparado de carne, envolvendo bem para que adquirisse os sabores.

Receita nº2
Preparação

Nesta versão, cozi a carne, cortada em cubos, em água com um fio de azeite, sal, pimenta preta, noz moscada, 2 dentes de alho e meia cebola. Ficou ao lume durante 1h30m, para que ficasse bem tenrinha mas o tempo pode variar para mais ou menos, conforme o tipo de bicho. Depois de cozida, piquei a carne e levei a refogar numa frigideira com azeite, alho e cebola. Temperei com salsa picada, pimenta e mais uma pitadinha de noz moscada e rectifiquei o sal. Fui juntando caldo de cozedura conforme necessário. O preparado de carne deve ficar húmido e não caldoso. Assim que terminei a carne, passei para o molho. Numa tacho pequeno, coloquei uma folha de louro, uma cebola e dois alhos picados a cozinhar em azeite, deixando-os largar os sucos sem tostar. Cortei tomates em cubos e adicionei ao tacho, envolvendo bem. Temperei com pimenta preta, sal e oregãos. Deixei cozinhar até o tomate amolecer e apurar. No fim, cozi esparguete em água temperada com azeite e sal e servi todos os componentes individualmente, permitindo a cada convidado compôr o prato como preferia, com mais ou menos molho, pouca ou dose extra de carne Pessoalmente, prefiro esta última versão porque parece que controlo melhor o resultado final ao cozinhar os ingredientes em separado e juntando tudo no fim.  Mas nem sempre o tempo ajuda, e quem tiver mais pressa deve optar pela receita número 1. De qualquer forma, ambas são saborosas, por isso façam as duas quando tiverem tempo. Em breve vou colocar uma receita de aproveitamento da carne da bolonhesa, Estejam atentos. Bom apetite!

Monday, November 18, 2013

Mais um pãozinho...


Quem lê este blog (está aí alguém?), sabe que os pães têm tido uma presença assídua ultimamente. Estou em processo de aprendizagem e ainda não foi desta que fiz a minha massa azeda. Resolvi dar mais uma hipótese à levedura fresca. Tendo reparado que as massas gostavam do calor aconchegante do meu forno, voltei a usar o mesmo truque e deixei levedar durante uma hora na temperatura mínima, ligeiramente abaixo da marca dos 60 graus. Fiquei uma ambiente morninho no forno e a massa triplicou. A receita não tem nada de especial. Fiz um pão simples, com 65 gr. de sêmola de trigo, 100 gr. de farinha de centeio e 335 gr de farinha de trigo. Acrescentei o cubinho de levedura, esmigalhado com as mãos e aproximadamente 1 dl de azeite. Acrescentei água morna (não pode estar a ferver, a levedura não gosta e depois chateia-se e não faz o trabalho dela). Desta vez deu-me preguiça e bati tudo numa batedeira de bancada eléctrica. Coitadita, viu-se à rasca para misturar as minhas massas mas deu conta do recado. Adicionei a água aos poucos até a massa ficar elástica. Acrescentei duas colheres de chá de sal e bati mais um pouco. Deixei a massa ligeiramente peganhenta. Para que o meu pão não ficasse espalmado, fiz batota e deixei a massa levedar numa taça de souflé e lá a cozinhei. Besuntei a forma com azeite, polvilhei com pão ralado, coloquei a massa no centro e fiz uns cortes no topo. Tapei o recipiente com uma tampa alta, deixando espaço para a massa crescer à vontade e ficou a levedar no forno uma hora. Cresceu muito e depois de cozido (levou uma hora a 170 graus), o pão estava leve.  Ainda tenho de trabalhar o sabor. Tenho umas farinhas especiais que vou apresentar em breve no blog e com a adição de massa azeda, espero que tudo se componha. Mas para já estou feliz com a evolução dos meus pãezinhos. Para dar graça ao pão, fiz uma pasta de atum, esmagado com Becel manteiga, pickles em pedacinhos, pimenta preta, pimentão doce e pimenta de caiena. Bem catita!

O que andamos a comer

Solha frita com arroz de grelos de couve

Thursday, November 14, 2013

Bolo de natas e oreos - Receita passo a passo


Por ocasião de um almoço entre sobrinhos feito por mim, foi-me pedido um bolo de bolachas Oreo. Devido à minha ignorância sobre este doce, uma sobrinha facultou-me uma receita da internet para que eu me orientasse. Acabei por fazer o bolo ao meu jeito, que andar a reproduzir receitas de outros lados tem pouca piada, mesmo receando frustrar as expectativas dos jovens. Acabou por ser uma espécie de cheesecake no que diz respeito ao sabor e textura, sem a inclusão de queijo (noutra oportunidade coloco aqui a receita do meu cheesecake). Tudo correu bem, felizmente, eles gostaram e deixo-vos aqui as indicações para que o possam fazer em casa. 

Ingredientes para a base de bolacha ♥
20 bolachas Oreo
100gr. de manteiga
Leite (se necessário)

Comecei por separar as bolachas Oreo em duas metades, retirando com cuidado o recheio. Este tem de ficar com a forma intacta, circular. Coloquei todos os círculos num prato e reservei no frigorífico. Piquei as metades de Oreo numa picadora até ficar um granulado fino e adicionei manteiga cremosa, misturando mais um pouco na máquina. A massa deve ficar com uma consistência que permita estender na forma sem quebrar., ou seja, não pode ficar nem demasiado mole nem demasiado seca. Neste último caso, se notarem, como eu, que a pasta está quebradiça, adicionem uma pinga de leite e misturem bem. Eu usei uma forma redonda com aproximadamente 23 cm de diãmetro. Esta foi barrada com margarina e forrada com película aderente. A margarina permite que a película cole bem às paredes da forma e também ajuda, mais tarde, a desenformar. Depois da forma bem forrada, pus a massa de bolacha no fundo e espalhei calcando bem e cobrindo toda a superfície. Vejam as fotos exemplificativas. Levei a forma ao frigorífico e fui tratar do creme.


Ingredientes para o creme ♥
2 pacotes da natas
1 lata de leite condensado cozido
Raspa e sumo de 1 limão
6 folhas de gelatina (das médias)
0,5 dl de leite 

Coloquei as folhas de gelatina de molho em água fresca. Elas ficam molinhas, como podem ver na foto. Devem espremer as folhas para libertar a água em excesso. Para o creme, pus as natas a refrescar no congelador durante uma meia hora, sem deixar endurecer. Bati-as em chatilly firme e adicionei o leite condensado cozido, batendo mais um pouco. De seguinda, misturei a raspa e o sumo de limão. Aqueci o leite, sem ferver, e juntei a gelatina (espremida, não se esqueçam), para dissolver. Adicionei o leite ao creme de natas, envolvendo bem. Tirei a forma do frigorífico e despejei o creme, deixando-o bem alisado. Pus a refrescar um pouco para que ganhasse alguma consistência. Para a cobertura, ralei 5 bolachas Oreo com creme e cobri o topo do bolo, calcando suavemente, com a mão, para que o granulado se entranhasse ligeiramente no creme. Para desenformar o bolo, basta colocar a forma num recipiente com água quente durante uns segundos ou o tempo necessário mas tenham cuidado para não exagerar, senão o creme fica muito mole e os laterais do bolo descaem. Eu inverti a forma e, com paciência, dei umas batidas no fundo e puxei delicadamente a película aderente para que esta descolasse da forma. Como o bolo fica invertido no prato, com a base de bolacha para cima, voltei a invertê-lo para outro suporte. E, por fim, decorei com as rodelas de recheio. 
Sugestão por uma questão estética, se preferirem que o creme do bolo fique mais branquinho e faça contraste com o preto das bolachas, usem leite condensado "normal" em vez da versão cozida. Por eu ter usado este último, o meu creme ficou com uma tonalidade mais "tostadinha". Espero que gostem!

Tuesday, November 12, 2013

Menu de S. Martinho


Cá em casa nunca foi tradição assinalar o dia de S. Martinho. Às vezes assava-se umas castanhas e já estava! Este ano resolvi fazer um menu mais completo. E já que as castanhas não são muito apreciadas por alguns manos, optei por fazer uns pastéis de bacalhau, folhados de pescada e linguiça assada, tostas com alho e oregãos e maionese para barrar. E também fiz meia dúzia de castanhas assadas. Como não somos apreciadores de jeropiga e água-pé, nem sei bem o que se bebe nesta altura, regámos a refeição com Mateus Rosé bem fresquinho. Para sobremesa, bolo rançoso, feito pelo mano David que agora se está a tornar um boleiro de mão cheia! Podem encontrar a receita de pastéis de bacalhau neste link, feitos pelo meu mano Alex. Os restantes petiscos serão incluídos em posts futuros. Até lá!

Tagliatelle Bolonhesa


Esta é a continuação da aventura do tagliatelle. No post anterior, atrevi-me a fazer massa fresca, tarefa atribulada mas com um final feliz. Podem ver nestas fotos uma bolonhesa e o aproveitamento das sobras de massa. O grande teste à qualidade do tagliatelle foi quando aproveitámos a massa que tinha sobrado, dois dias antes, e que foi negligenciada no frigorífio, conservada em tupperware aberto, sem qualquer cuidado. Ooops, asneira! Assustei-me um bocadinho porque havia tiras já secas. Até pensei em escolher as tiras de massa em "mau estado" e deitá-las fora mas o Mr. Fofo, sempre atento, impediu-me e quis que eu aproveitasse tudo. Interveio em boa hora, devo dizer. Aquecemos a massa em azeite, adicionámos um chouriço cozido de vitela mirandesa, temperámos com oregãos e pimenta e servimos. A massa, ficou como nova ou quase. As tiras, anteriormente secas, hidrataram e mal se notavam. Ora, isto só pode provar a qualidade da massa! E já penso fazer mais, da próxima vez na forma de lasanha ou ravioli. Esta semana coloco noutro post a receita da bolonhesa em duas variantes.

Thursday, November 7, 2013

Como (não?) fazer tagliatelle - Receita passo a passo



Ciao lettori! Fiz  a minha primeira massa italiana, mas só de nome, porque os ingredientes são bem portugueses e a falta de jeito também. É o que dá andar a ver o Masterchef Austrália. Num dos episódios mais recentes, houve uma eliminatória em que os moços tinham de confeccionar os seus próprios taglietelle. E até a concorrente mais inexperiente, que estava à rasca com a perspectiva de ter de fazer massa, a conseguiu fazer e ainda teve o mérito de passar o teste e safar-se de eliminação. E eu pensei...chegou a hora! Vou arregaçar as mangas e vou descobrir se a massa caseira, feita com ovinhos frescos, é mais saborosa que a de compra. Acabei por não seguir a receita do Masterchef em que eles apenas usaram farinha de trigo e ovos e, se bem me lembro, um bocadinho de azeite. A minha massa tem a adição de sêmola de trigo. Acabei por me basear numa receita ao acaso, do site de um senhor chamado David Lebovitz, do qual eu nunca tinha ouvido falar mas que pelos vistos já lançou vários livros de culinária no mercado. Como pontapé de saída na confecção de massa fresca, resolvi não inventar e fui fiel às indicações do senhor, excepto na introdução do azeite. Claro que já estou com ideias malucas para próximas receitas, as quais vou adubar com temperos e ingredientes diferentes. Vamos começar pelos ingredientes:

Ingredientes
200 gr de farinha de trigo sem fermento
200 gr de sêmola de trigo
4 ovos
Azeite (1 colher de sopa)
Sal

Preparação
Façam um monte com a farinha e a sêmola (previamente misturadas), na bancada ou numa tigela larga, e abram um buraco no meio. Deitem lá o sal, o azeite e um ovo. Com cuidado, envolvam a farinha bem. Vai ficar uma mistura areada durante algum tempo, por isso voltem a fazer um monte, abram um buraco no meio e deitem lá outro ovo. Voltam a amassar e assim sucessivamente até usarem todos os ovos. Atenção que dependendo do tamanho destes, pode não ser necessário usar os 4 ovos completos. Depois de eu introduzir o quarto ovo, a minha massa ficou peganhenta, tive de adicionar mais farinha. Trabalhem a massa até esta não pegar à bancada ou tigela. Eu amassei durante uns 10-15 minutos (acho que foi demasiado), formei uma bola e deixei descansar 1 hora. Ora...aqui é que as coisas se complicaram para mim! Comecei por deixar a massa ligeiramente peganhenta. Assim a colar só um bocadinho às superfícies. Só que esse bocadinho foi o suficiente para me complicar a vida na hora de cortar as tiras típicas do tagliatelle. E a massa ficou um nadinha elástica demais. Então o que correu mal, fruto destes erros? Depois da massa descansar, fui estendê-la com aquela geringonça metálica que vêem na foto. Cortei 6 porções de massa e trabalhei cada uma individualmente. A porção tem de ser espalmada e moldada em rectângulo (preferencialmente) antes de passar na máquina. Depois de passar, fica uma folha fina e larga, que volta a ser dobrada em 3, por exemplo, e volta a passar na máquina. Eu fiz 2 ou 3 passagens, que é para a massa ficar mais resistente. Estendi, dobrei, estendi, voltei a dobrar e estendi outra vez. Como a minha massa estava a colar um bocado, fui salpicando-a de farinha com frequência. E depois tentei usar o truque que aprendi no Masterchef em que se faz um rolo com a massa estendida e depois se corta as tiras com a faca. O problema é que eu fiz o rolo, cortei com a faca e as tiras enroladas colavam e não dava para desgrudar. Experimentei cortar com a tesoura e o resultado foi o mesmo. Então, que remédio, cortei as tiras de tagliatelle. uma a uma. á faca! Foi um processo mais demorado que o desejável A sorte é que eu sou paciente nos trabalhos manuais, senão a massa voava contra a parede! Apesar dos problemas, consegui terminar a massa e já enchi um tupperware com as tirinhas. Não se esqueçam de salpicar as tiras com farinha, para se manterem soltas e de preferência, cozinhem-nas no próprio dia. Podem ver a massa cozinhada neste link.

Pão de cebola, pimento vermelho e oregãos


Antes de me aventurar a fazer pão a sério, com o meu próprio fermento, a minha massa azeda, vou fazendo estes pãezinhos de brincar. Na foto, um pão com cebola, pimento vermelho e oregãos. Saíu muito bem, até a massa ficou mais fofinha e arejada, com alguns buraquinhos pelo meio. Levedou melhor do que o habitual. Usei, mais uma vez, levedura fresca. A diferença foi eu ter deixado a levedar dentro do forno, previamente aquecido, para a massa se sentir aconchegada, quentinha e deixar os "bicharocos" fazerem o seu trabalho. Cresceu o dobro, até me espantou, no geral é uma desilusão do caneco. Parece que a massa gostou do calorzinho. Ai, e cheirava tão bem!!! Barrado com manteiguinha, ficou delicioso, o pão. Experimentem a manteiga La Motte com pedrinhas de sal...Até me dá arrepios, de tão pecaminoso que é! Então, para fazerem esta receita, precisam de:

Ingredientes
300 gr de farinha de trigo
200 gramas de farinha de centeio
azeite q.b.
1/2 cebola
2 pimentos vermelhos avinagrados
1 cubo de levedura fresca
2 colheres de café de sal
pimenta e oregãos q.b

Ponham as farinhas, o fermento esmigalhado (grosseiramente, com dos dedos), a pimenta e os oregãos numa tigela funda. Juntam o azeite, misturam tudo muito bem e começam a adicionar água morna aos poucos, amassando bem. Vão pondo a água aos poucos, se puserem demasiada, a massa fica húmida e peganhenta e depois têm de adicionar mais farinha. Juntem a cebola e o pimento vermelho cortados em cubos pequenos e o sal. Quanto ao pimento, usei uma variedade ligeiramente avinagrada que se compra no LIDL, da marca Freshona. A massa, no fim, deve ficar elástica e, ao amassarem, esta não se pega nem aos dedos nem à tigela. Quando estiver pronta, espalham farinha no fundo de um tabuleiro / de preferência que não seja muito grande, para a massa não se espalhar, deve ficar aconchegada pelas paredes do tabuleiro quando estiver crescida), e dispõem a massa como preferirem, conforme queiram que o pão fique moldado. Eu tapei o tabuleiro com umas "toucas" transparentes que há à venda, próprias para tapar alimentos e deixei levedar uma hora dentro do forno que tinha aquecido ligeiramente, na temperatura mínima. Levou aproximadamente uma hora a cozer a 160º durante 40 minutos e, no fim, mais 20 minutos a 200º., para uma cor mais tostadinha  Bom apetite! 

Wednesday, November 6, 2013

Papa quilómetros


Apesar da enorme injustiça de eu não ter acesso ao canal 24Kitchen porque a minha box é super, mega ranhosa e não recebe canais HD, e mais não digo para não parecer mal, tenho um salvador personificado no meu maninho David, que tem gravado este simpático programa, "Papa Quilómetros", para mais tarde recordar. E muito tenho eu gostado de o ver. Para além do simpático Ljubomir Stanisic, o moço tem jeito para apresentador, podemos ver terras lindas do nosso Portugal, recheado de iguarias tentadoras. Se são abençoados com tecnologia adequada, sintonizem este canal e deixem-se levar pelo país fora. Hoje tive a oportunidade de ver duas belas terra, Marvão e Castelo de Vide. Lindas de morrer! E deliciosos petiscos tradicionais, vinhos e outros produtos. É assim que eu gosto! Dar a conhecer o que há de bom na nossa terrinha. Apetece sair porta fora e ir à aventura, descobrir petiscos. Mas enfim, quando não dá, regalamos os olhos em programas como este. Em breve irei criar uma nova rubrica no blog onde irei apresentar receitas retiradas da TV, cozinheiros famosos e afins. Não há nada como experimentarmos nós mesmos! E se sair mal, a culpa é deles!

http://www.24kitchen.pt/